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domingo, 7 de agosto de 2005

Armação sem limites!


 Esopo morreu vítima de uma mentira inventada pelo povo de Delfos, cidade da Fócida onde estava o mais importante oráculo da Grécia. Conta-se que Esopo ironizou os habitantes  porque não trabalhavam, viviam das oferendas ao deus Apolo e comparou-os a varas flutuando no mar, de longe, parecem algo de valor,
porém de perto nada valem. Então, tramaram uma vingança: esconderam um objeto sagrado na bagagem de Esopo. Acusado de roubo foi condenado à morte e atirado do alto de um rochedo. Mesmo assim, ainda contou mais uma fábula:










O Rato e a Rã

Um rato da terra, para sua infelicidade, tornou-se amigo de uma rã. E a rã, premeditadamente, acorrentou a pata do rato à própria pata. Primeiro foram comer trigo na terra e, depois de se aproximarem da margem de uma lagoa, a rã jogou o rato no fundo da água, enquanto ela própria ficou brincando na água, gritando:

"brekekekecs!". E o infeliz rato afogou-se e morreu, mas continuava emergindo, por estar preso à pata da rã. Um milhafre, ao ver isso, pegou o rato com suas garras. Mas a rã, presa pela corrente, seguiu-o e tornou-se ela também alimento para o milhafre.


Mesmo morta uma pessoa tem força para vingar-se,
pois a justiça divina olha por tudo e sempre
retribui com um castigo igual.


Até quando vamos esperar por um milhafre?
A seguir: Fábulas de La Fontaine.